12 de novembro de 2008

CASO WATERGATE - O MAIOR ESCÂNDALO POLÍTICO: REPUBLICANO x DEMOCRATA


Em frente ao Edifício Comercial Watergate localizado em Washington no EUA, havia um grupo de cinco (5) homens ligados ao FBI e à CIA, que espionava esse edifício há algum tempo. Em 17 de junho de 1972, pela madrugada eles resolveram fazer uma vistoria no local, mas devido uma denúncia feita pelo vigia, esses homens foram presos em flagrante fotografando documentos e checando os aparelhos de escuta que foram implantados no escritório central do Comitê do Partido Democrata algumas semanas antes.
Essa espionagem foi comandada por G. Gordon Liddy, ex-agente da CIA, pelo diretor de segurança do comitê para reeleição do presidente, James McCord e os ex-agentes Bernard Barker e Eugenio Martinez, que participaram de operações para a deposição do regime comunista de Fidel Castro. Esses integrantes levaram o nome de "encanadores". Eles tinham o objetivo de descobrirem qual a fonte dos vazamentos de informações.
De início o caso não teve muita repercussão e ocupou poucas páginas por falta de provas, mas quando parecia que o caso tinha se encerrado entra em ação dois jornalistas investigativos, Robert Woodward e Carl Bernstein, do jornal The Washington Post que foram em busca de notícias e descobriram uma caderneta abandonada pelos espiões que continha o nome de um assessor do governo americano e a inscrição da Casa Branca (W. House), revelando a ligação de Richard Nixon, atual presidente republicano na época.
O jornalista Robert Woodward, foi fundo em sua investigação com o apoio de uma fonte segura e oculta da Casa Branca, que ficou conhecido como "Garganta Profunda" e com os editores Barry Sussman, Harry Rosenfeld e Howard Simons e do editor executivo Ben Bradlee. Daí por diante a notícia tomava as principais páginas dos maiores jornais da cidade e apenas se comentava sobre o maior escândalo político ocorrido no EUA entre os partidos Republicano e Democrata que são opositores.
Esse escândalo ocorreu cinco meses antes da votação que elegeu Nixon para seu 2º mandato em novembro de 1972. Acusado de envolvimento direto nas escutas telefônicas ilegais, em outubro de 1973 ocorreu à abertura de um processo de impeachment contra o presidente. Em 24 de julho de 1974, a Suprema Corte exigiu que Nixon enviasse à Justiça os registros de suas conversas privadas, que comprovavam que tinha orquestrado desde junho de 1972 os esforços da Casa Branca para dificultar a ação da justiça e por ter mentido à nação, três dias depois, a Comissão de Justiça da Câmara de Representantes recomendou a destituição do presidente e abriu três processos: obstrução da Justiça, abuso de poder e desacato às ordens judiciais. Nixon negou até final de qualquer parte de envolvimento na invasão do Comitê ou de tentar atrapalhar as investigações.
Depois de muitas investigações foi concluído em abril de 1973, que a Casa Branca era suspeita de encobrir a ação de espionagem política e que Nixon gravava a conversa de seus colaboradores desde 1971 e negou-se a ceder o material que obtinha para a Comissão Investigadora do Senado.
Pressionado com o escândalo do Caso Watergate, em 8 de agosto de 1974 o presidente americano Richard Nixon, renunciava ao cargo de mandatário da maior potência capitalista do mundo e o vice-presidente Gerald R. Ford assumi a presidência dos Estados Unidos na qual o perdoou pela suas falhas e de seus antecessores.
Trinta anos depois do escândalo o jornal americano "Washington Post" confirmou na terça-feira, 31 de maio de 2005, que a fonte secreta no caso Watergate é o ex-funcionário do FBI [polícia federal dos EUA] Mark Felt, conhecido como o "Garganta Profunda".


" O caso Watergate projetou o Washington Post como um jornal compromissado com a verdade, saindo da sombra do New York Times. O faro jornalístico de Bob Woodward e Carl Bernstein mudou a história do povo americano e mostrou até onde se pode chegar na luta pelo poder.
Os repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein receberam o Prêmio Pulitzer, que é atribuído por contribuições relevantes no campo de jornalismo, música e literatura. Bob e Carl publicaram o livro Todos os Homens do Presidente, que foi adaptado para o cinema em 1976, por Alan J. Pakula". Fontes: Canal da Imprensa/Estadão/Terra

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