12 de novembro de 2008

O OLHAR SOBRE A LENTE DA IMAGINAÇÃO


O documentário, “Fotografia: O exercício do olhar” dirigido por Tânia Celidônio, publicado em São Paulo pela Rede Sesc Senac de Televisão em 1997. Retrata a história da fotografia desde o Séc XVIIII, na época em que se utilizava o lápis e papel até a nova era digital, mostrando um panorama da fotografia brasileira com técnicas e suportes utilizados desde o seu surgimento como dagarreótipo, ambrótipo, negativo sobre o vidro e fotografia abuminada e as técnicas de conservação e restauração.
Com comentários de críticos de arte e fotografia, fotógrafos como Chico Alburqueque, o primeiro fotografo publicitário brasileiro e Gioconda Rizzo que hoje tem 100 anos e fotografa desde o surgimento das fotografias. Também instituições que apontam a educação do olhar pela imagem fotográfica como o Centro de Conservação e Reustaração de Fotos no Rio de Janeiro, unidade única na América Latina e o Centro Cultural Itaú que tem diversos materiais e mostra esse marco da fotografia.
Esse exercício do olhar representa a fotografia como linguagem, pois é uma forma de expressão visual em que os olhos servem para atiçar nossa imaginação ou até mesmo buscar da memória uma experiência já vivida, pois esse olhar interior nos possibilita viajar no tempo. A foto pode alimentar um sonho que começa no momento em que a imagem é vista e só a imaginação sabe onde ela pode terminar.
O fotógrafo deve visualizar mentalmente a imagem antes mesmo de “apertar o botão”. De acordo com Moholy-Nagy, “o ato de fotografar aprimora e conserva nosso olhar, pois cria ou amplia oito variedades da visão: abstrata, exata, rápida, lenta, intensificada, penetrante, simultânea e distorcida”.
Fotografar é a arte de tentar agir contra o tempo, é estar próximo e estar longe, ou seja, parar o tempo, tornar o presente para o passado, transformando esse instante em eternidade e atraente pela sua simplicidade.
A fotografia se constitui num instrumento de comportamento e controle social na memória como lembranças que vão além da janela da realidade aberta até a própria fotografia, buscando eternizar as imagens.
Podemos usar essa linguagem de comunicação e transformar na percepção visual da foto (receptor visualiza - mensagem transmitida – emissor transmite a imagem representativa). Esse código de representatividade está presente nessas fotografias mexendo com o comportamento do individuo e se insere no nosso contexto sócio cultural através desse exercício do olhar.

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