12 de novembro de 2008

SENSACIONALISMO NA TV

Com o crescimento da violência no Brasil, os jornalistas e os meios de comunicação começaram a fazer abordagens cada vez mais sensacionalistas, explorando a degradação humana que se caracteriza pelo exagerado apelo emotivo e pela repetição de imagens fortes na cobertura de matérias jornalísticas.
Essa procura pela liderança da audiência, faz com que o número de imprensa marrom aumente, fazendo uma imprensa deliberativa para fins lucrativos ao invés de se comprometer com a verdadeira informação para levar conhecimento à opinião pública.
Podemos citar o jornal ‘’Aqui Agora’’ que foi o primeiro telejornal de apelo popular que estreou no SBT em 1991, no qual se revezaram vários apresentadores como Gil Gomes, Wagner Montes e César Tralli, esse jornal tinha como foco principal reportagens policiais sobre acidentes graves, assassinatos e crimes de todas as naturezas, logo depois, surgiram vários outros programas desse estilo como o ‘‘Cidade Alerta’’ que exibiam matérias e reportagens sobre casos reais, e utilizando mais uma vez a violência como sensacionalismo, também o ‘’Brasil Urgente’’que trata de crimes bizarros e hediondos, e o ‘’Repórter Cidadão’’e muitos outros que usam a simplificação verbal e diversos métodos para prender a atenção dos telespectadores.
Mas todo esse apelo sensacionalista, leva ao cidadão a mutação da informação para o entretenimento, fazendo do jornalismo um meio de extrema influência perdendo sua real utilidade de levar a verdadeira informação sem espetáculos dos mais diversos gêneros, gerando assim alienação e bloqueio nas mentes de diversos indivíduos sem qualquer conhecimento ou poder de indagação. Tudo isso para alcançar o tão concorrido ibope, pois os meios de comunismo não deixam de ser empresas capitalistas que ganham ao expor a vida alheia como matéria de consumo.
Até que ponto o que assistimos nos afeta e como combater o excesso de informação? A quantidade de informação é imensa, as pessoas sentem se intimadas e impotentes com relação as suas inseguranças perante as informações adquiridas, a mídia aproveita dessas fraquezas e acaba definindo os assuntos sobre os quais as pessoas conversam dentro de casa, na rua, no trabalho, com os amigos, mas na verdade o seu principal objetivo é informar, conscientizar, prevenir e entreter de forma saudável, com relações positivas e não com programas de baixo nível, utilizando questões sociais para persuadir, manipular e explorar o povo. O importante é que tenham consciência de que nem todos os fatos são verdadeiros e que não precisam concordar com tudo o que vêem.
Será que tudo que vemos e ouvimos nos afeta drasticamente e o que somos em grande parte é o resultado de tudo o que vemos e ouvimos?

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