23 de junho de 2009

Gramsci e Hegemonia: Estado e Poder


A origem do conceito de hegemonia em Gramsci surgiu para definir o tipo de dominação ideológica de uma classe social sobre a outra, em especifico, a burguesia sobre o proletariado entre outras classes trabalhadoras.
Gramsci analisava os processos histórico-sociais, as formações e o papel dos intelectuais e com isso desenvolveu estudos sobre o Estado na qual ele abordava questões relacionadas às culturas e a literatura, pois suas idéias sempre foram relacionadas em seu contexto histórico.
Esse processo de hegemonia para Gramsci com sua experiência pessoal nas lutas sociais e políticas é vista como a "sociedade civil", uma classe que luta para conquistar essa hegemonia sem que a direção política e o exercício do governo possam intervir nos interesses e tornar ainda mais restritos para a classe dominante, pois para isso é preciso de atividades culturais e ideológicas.
Quando Gramsci escreveu o “Caderno do Cárcere” ele fala da importância cultural, moral e ética que envolve a base do Estado chamado de aparelhos de hegemonia. Essa analise foi feita sobre hegemonia proletariado subalterno e da comandante burguesia com base no modo de produção capitalista.
Com tudo isso ele pensava em estratégias, métodos revolucionários e coerentes que pudessem ser utilizados para as classes baixas que eram dominadas. Sendo que a hegemonia de uma classe tem que ter inteligência de persuadir as outras classes.
Mas ela só poderá ser conquistada se essa determinada classe se dispor a ajudar os interesses sociais, reivindicações e valores da sociedade sendo espontâneo e livre e dando liberdade aos proletários de obter suas funções caso tenha a capacidade de discernir essa hegemonia.
Para concluir esse propósito de ação política que originou se dos pensamentos de Gramsci, fica claro quando ele escreveu “a filosofia da práxis”, que ele fala sobre as necessidades e propósitos emergentes e propõe que seja exposta uma nova construção para que possa surgir um novo modo de viver e conduzir os níveis superiores de civilização e com isso surge o processo revolucionário da filosofia onde a teoria é uma coisa e a pratica é outra e ele quis contribuir para o desenvolvimento social e oferecer acesso à cultura das classes dominantes para que todos pudessem ser cidadãos plenos.


“A tendência democrática de escola não pode consistir apenas em que um operário manual se torne qualificado, mas em que cada cidadão possa se tornar governante”.

“Todos os homens são intelectuais, mas nem todos os homens desempenham na sociedade a função de intelectuais”.
Antonio Gramsci

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